quinta-feira, 12 de novembro de 2009

No meio da margem do mundo. Epa, essa e mais outras frases ficaram vindo na minha cabeça quando estava escrevendo mais um post "bimensal" do meu blog, como bem notou a Michele no post passado. Mas teve outras frases que vieram, tipo na margem do meio do Guimaraes, à margem do mundo etc... Mas enfim, eu queria mostrar essa foto por causa do colorido, do movimento das pernas daquelas senhoras alí no meio, que estavam passando, no vento, com seus vestidos coloridos e as capulanas como sempre servindo pra tudo, nesse caso para enrolar as trouxas de roupa que elas estavam trazendo do rio. Olha que nice!


- Rio??? Como assim rio?
- Yes I know, quê rio? O outro motivo que eu queria mostrar essa foto é porque mostra bem aquela questão de seca e chuva e falta de condições de vida. Saibam que aquilo alí é o leito do rio Chire e não o Sahara. Na época seca, é claro, lá por meados de Maio. Então, as mamanas pegaram a trouxa de roupa da sua familia e atravessaram a pé o leito do rio seco até chegar num filetinho de água, lá! no finzinho do fundo. Onde todas as mamanas da vila sempre ficam (nessa época) com o seus montes de criançinhas, muito pretas e muito malucas pulando na água, tipo qualquer criança mesmo. Igualzinho a qualquer lugar.

Prontos, depois voltaram, alí já é o caminho de volta, da pra ver pelo jeito delas andarem, não dá? Acho que dá, sei lá porquê? Dalí a um tempo só de canoa. Ai entram os homens pra pescar. Muita pesca com rede mosquiteira (que acaba intoxicando o rio). O tempo de chuva é dos homens, o de sol é das mulheres. Eu queria ficar aqui tempo suficiente para ver alí homens de canoa e tirar a mesma foto do mesmo lugar.

2 comentários:

Unknown disse...

olha o ruy mostrando todo o seu conhecimento de inglês...

Ruy Monteiro disse...

Mi, voce só me esbudega.